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Amor: vale a pena dar uma chance pra sua terceira opção?

Soltos S.A.

01/07/2020 04h00

Mulher pensando e olhando pra camera

Fonte: freepik

Pouca gente gosta de admitir, mas tem sempre aquela pessoa com quem queremos muito sair (e que em geral não tá muito aí pra gente) e tem aquelas segundas ou terceiras opções, que são pessoas legais, que nos dão a maior bola, mas que não balançam nossos corações. Aí a gente vive fazendo das tripas coração pra estar disponível pro nosso crush favorito e fica cozinhando os demais em banho-maria pra acionar SE um dia bater uma carência ou quando a primeira opção nos der o fatídico pé na bunda. E hoje venho aqui pra te falar, menina: você pode estar deixando passar muitas oportunidades de ser feliz – ou pelo menos de se divertir com carinho e respeito! 

Quem é a primeira opção?

Em geral a minha primeira opção é um crush que eu só dei match no app e fico idealizando ou até alguém que já saí algumas vezes, mas quase nunca tá disponível pra mim. Tem algum mistério ou dificuldade que faz com que eu tenha que lutar pra conquistá-lo! (qualquer semelhança com Hollywood NÃO é mera coincidência…) E o que tem nele que me atrai? Às vezes é uma característica como a voz ou a pegada, mas muitas vezes é tudo que eu sonhei pra nós dois. Ah, vai dizer que você nunca se apaixonou por uma projeção? Como diria uma amiga minha: "já transformei cada quitinete em castelo…" Ou seja, a conexão com a realidade mandou um beijo e eu tô me relacionando praticamente com um crush imaginário. E aí tem como dar certo?

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Aí, depois de muito esforço e remarcação, eu descolo um encontro com a primeira opção. Como eu fico? Ansioso e todo durinho querendo impressionar: tem muita coisa em jogo nesse date, imagina só perder aquela viagem de fim de ano pra Cabo Frio que planejei sozinho na minha cabeça? Aí enquanto ele tá todo de boas batendo papo, eu tô fingindo naturalidade, enquanto reviro minha cabeça em busca de coisas divertidas porém interessantes pra falar. Imagino que eu devo transparecer a tranquilidade de uma concorrente a Miss Universo com aquele sorriso nervosinho. Resultado: óbvio que o crush saca que eu tô a fim dele ao mesmo tempo em que me acha uma pessoa levemente esquisita. A receita da cagada.

E quem é a terceira opção?

Em tempos de likes, todo solteiro tem alguns paqueras que deu match no Tinder ou no puxou papo Instagram mas que nunca chegou a encontrar pessoalmente, porque você gostou "OK" mas não gostou "super-hiper-mega" e preferiu investir lá na sua primeira opção. E porque ele não te deu borboletas digitais no estômago? Talvez seja simplesmente porque ele não é bom de paquera digital. 

Já percebeu que tem muita gente que é muito melhor na foto que na vida real? (spoiler: são maioria). Vai que sua terceira opção é uma dessas pessoas que só não sai tão bem em fotos. Ou que não tem habilidade pra conversar por mensagens e gifs. A dura realidade é que a paquera digital é uma habilidade que nem todos nós temos. Mas apesar do seu terceiro colocado ser ruim no online, no offline ele pode ser bem maravilhozão: ele vai te fazer rir como ninguém ou te dar afeto e carinho como você não recebia há tempos…mas você só vai saber isso se você der uma chance pra ele! E foi isso que aconteceu comigo. 

Há males que vem para o bem!

Eu vivia atrás do primeiro colocado. E ele vivia me tratando como estepe. Aí um dia ele furou comigo em pleno sábado e eu já tinha desmarcado programas com meus amigos. Aliás devia ter multa de cancelamento em último momento. Aí, eu todo trabalhado no ódio, ia me dar por vencido? Jamais! Resolvi provar pra mim mesmo que eu valia algo e escrevi pra segunda opção, que nem me respondeu. Mais ódio. Aí resolvi apelar pro terceiro colocado. Ele topou se encontrar comigo prontamente, veio pra minha casa e… por que nunca dei bola pra ele? Foi uma noite ótima, leve, afetuosa, com direito a conchinha e até ovo mexido no café da manhã. Fora que, como não tinha muita expectativa envolvida, tudo fluiu melhor. Ou seja, tudo que eu projetava com o crush idealizado e nunca conseguia, tive justamente com aquele que eu nem achava isso tudo. E óbvio que depois dessa experiência, mudei minha opinião. 

Então disparo mensagem pra todo mundo?

Calma, menine! Não tô falando pra você pegar geral, mas pra olhar com carinho para as suas segundas ou terceiras opções e pensar por que não dá tanta atenção assim pra eles. Será que é porque eles estão disponíveis? (sim, a gente romantiza o sofrimento) Ou então porque você não achou o feed de Instagram deles tão legal assim? Repara os critérios que a gente usa pra avaliar alguém! Tem um monte de gente maravilhosa que tá sendo limada assim…. 

Então, agora que estamos presos em casa, a minha sugestão é: aproveita a desculpa do isolamento social e marca uma chamada de vídeo rapidinha, pode ser 10 minutos, com quem você curte ok mas não curte meeega. Só um papo mesmo, não tô falando nada de putaria, pra vocês se verem olho no olho. Isso muda tudo! (Essa é a hora que você começa a reavaliar mentalmente seus paqueras). Bora usar as ferramentas do digital que podem ajudar a sermos mais humanos e não ficar qualificando as pessoas em cima da imagem projetada delas. Lembra: quem sabe faz ao vivo, nem que seja à distância. 
Se você quer saber como sobreviver à solteirice em tempos de likes, segue a gente no YouTube e no Instagram. Toda semana a gente entrevista solteiros, especialistas e divide nossos aprendizados e teorias. Mande histórias e dilemas que a gente transforma em pauta!

Sobre os autores

Piranhas românticas, André e Carol são experts em solteirice e partidários do afeto mesmo nas relações casuais. Carol está solteira há 6 anos e já não troca a aula de hot yoga por um date mais ou menos. André está solto monogâmico mas já se esbaldou muito na vida de contatinhos. Publicitários e roteiristas, trabalham com comportamento e conteúdo há anos e decidiram se aprofundar no tema que é assunto da manicure à terapia: como se relacionar hoje em dia. Comunicadores, puxam assunto até com o poste e são formados como psicólogos de boteco. Há um ano eles conversam com todo tipo de solteiros e especialistas no soltos s.a. um canal de youtube, instagram e, agora blog, pra explorar as dores e delícias dessa vida solta. Ninguém entende de solteirice como eles: já foram convidados pra falar na Casa TPM, na GNT e no podcasts Mamilos e Sexoterapia (aqui em Universa).

Sobre o blog

Um espaço para trocar estratégias para sobreviver à solteirice e aos relacionamentos em tempos de likes. Quando vale ter uma DR e quando podemos deixar morrer no silêncio? O que significa esse emoji? Assistir stories significa? Experts em solteirice e ótimos psicólogos de boteco, André e Carol compartilham dilemas reais de solteiros e mapeiam possíveis caminhos para não perder a sanidade mental nessa era de contatinhos.