Nada de "Síndrome de Bela Adormecida": aposente a passivona que há em você
Soltos S.A.
15/04/2020 04h00
Essa semana a gente postou um texto falando sobre como a vida amorosa das mulheres ainda sofrendo uma espécie de síndrome de Bela Adormecida. Pois é, segundo pesquisas americanas, só 12% das mulheres convidou um cara pra sair no último ano. Ou seja, 88% delas ainda se corrói no combo ansiedade e gastrite ou se acaba no spinning pra segurar a onda de ter que esperar o pretendente fazer todos os movimentos dessa "dança do acasalamento" contemporânea.
No texto anterior a gente explica por que mesmo sendo mulheres empoderadérrimas em muitos lados da nossa vida, ainda carregamos a passivona no coração. Hoje é dia de trazer soluções. Em épocas onde a gente tá revendo muitas coisas na vida, bora rever esse padrão e deixar de ser passivonas.
Veja também
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Aqui vão alguns conselhos soltos:
SUBSTITUA OS MODELOS
Se até o modelo de princesa está mudando, por que manter a cabeça obcecada nas princesas da Disney? Olha aí a Meghan Markle mostrando a que veio! Se for pra ficar presa em fantasia de príncipe e princesa que a gente seja como ela, que põe o reino de ponta cabeça, truca todos os protocolos, abandona a família real e muda de país com o boy.
PRATIQUE, PRATIQUE, PRATIQUE
Entrevistamos Israel Ireshtain, presidente da associação de coaches de relacionamento dos EUA e ele garante: "paquera é igual academia, tem que praticar todo dia". E essa prática vale tanto pra vida real como pra virtual. Ou seja, já dá pra começar a praticar nesses dias de isolamento. Abaixo três passos básicos para essa rotina fitness da paquera.
_PASSO 1: O FLERTE
Muita mulher escreve pra gente dizendo que ainda tem vergonha e os caras e eles acharem que elas estão encarando. Paquera por telepatia ainda não tá rolando ne? Bora se ajudar? Quando pudermos voltar a circular, deixe a timidez de lado e nada de ficar com a cara enfiada no celular. Tá na fila do supermercado ou na mesa do quilão? Faz um raio x no ambiente e, se achou alguém interessante, olhe nos olhos sem medo. Olhar suave, com um leve sorriso e, importante, conta 3 segundos bem lentos na sua cabeça e dá um sorrisinho mais largo. É simples mas funciona. Por agora vale a pena focar no virtual: dar aqueles likes estratégicos ou comentar um post do crush. A gente ja fez um vídeo com dicas de paquera no insta que vale a pena ver!
_PASSO 2 O PAPINHO
Outro exercício bom é puxar papos aleatórios (tanto no balcão do bar como no Tinder). Qualquer assunto é motivo pra uma aproximação. A gente fica tentando buscar ganchos incríveis mas a verdade é que, se a pessoa tiver aberta, ela provavelmente vai embarcar na conversa e… ponto pras meninas! No nosso canal tem um video cheio de dicas de papinho. Aqui vão algumas: Se o crush tiver tatuagem, elogia o traço, diz que tá pensando em fazer uma (mesmo se for mentira, essa pode!) e pede o contato do tatuador. Se tiver num balcão de bar pede uma sugestão de drink. No flerte do app ou no Insta dá pra dizer que você acabou de ver uma série que amou (aí ja mostra um pouco do seu gosto) e pedir uma sugestão pra maratonar junto com o crush. Outra dica simples e infalível é fazer um comentário sobre o cachorro fofo que ele colocou na foto do perfil (ele fez isso pra você elogiar, acredite!)…!
_PASSO 3 O CONVITE
Chega de esperar o cara propor o próximo drink ou jantar. Tá a fim de encontrar o crush? Proponha algo legal. Na hora do convite, sair do óbvio é sempre bem vindo. Ao invés de só propor uma cervejinha genérica, sugere um bar novo que tem aqueles drinks que vocês já curtiram tomar ou dá uma olhada nos shows e exposições que vão rolar esta semana na cidade. – O senso de urgência e escassez aqui funciona super! São aqueles programas legais que só vão estar disponíveis por pouco tempo, e isso tende a aumentar as chances de conversão de convite em date. Propor programas que tem a ver com os papos ou saídas que vocês já tiveram também faz diferença. Você também não adoraria se alguém te convidasse pra jantar num lugar que tem o melhor polvo na cidade (sendo que você comentou que ama polvo num papo anterior)? Então, faça convites que você amaria receber!
TOMOU A ATITUDE, BANCA ELA E SEGURA A REBORDOSA
Nada de culpa cristã pós-sexo de primeira. Calou a passivona que existia em você e fez algo que tava com vontade? Palmas! Agora segura o carão e a atitude, plena. Nada de deixar o superego ou aquela voz da sua avó Neide dominarem sua cabeça numa espécie de "profecia do apocalipse" para mulheres que ousam não ser "belas, recatadas e do lar". As vezes a gente entra tanto na pira que começa a buscar sinais de que o cara vai pular fora por que a gente foi direta ou propositiva (e pode ser que ele tenha adorado exatamente isso em você). Nessas horas, sai do cabeção e dribla a culpa seguindo a vida normalmente. Se você tirar esse julgamento de si muito provavelmente vai perceber que nem tem tanta gente te julgando assim. Tá tudo bem.
SE COLOCA SEM MEDO
A relação indefinida está te incomodando? Você gostaria de ver o crush com mais frequência? Você se incomoda com o fato de que quando vocês saem ele não sai do celular? Se coloca com jeitinho, mas sem medo. A gente tem que desconstruir essa Amélia que existe dentro de nós. Não dá pra nossa única função ser agradar o outro e topar sempre o ritmo e a dinâmica escolhida por ele. Relação é troca, diálogo e negociação, certo? E você não deveria se sentir culpada por ter vontade de dizer que gostaria que algumas coisas mudassem. Talvez esse papo até possa azedar a relação. Mas ai a questão é: vale a pena manter ela numa lógica quete faz mal?
Se manter passivona só vai gerar mais gastrite, ansiedade e uma sensação de agenda falsamente ocupada, enquanto você podia estar saindo pra conhecer gente nova ou se ocupando com coisas maravilhosas da sua vida. Ao invés de ficar semanas para tentar sacar se está sendo enrolada ou não, propõe logo dois ou três programas.Se receber uma sequência de desculpinhas, parte pra outra. Ele simplesmente não estava tão a fim de você e você pode voltar a se jogar na vida, ao invés de ficar esperando eternamente no balcão do castelo.
O TOCO FAZ PARTE DO JOGO
Ter mais atitude invariavelmente vai passar por estar mais exposta a tocos e perdidos. Os caras lidam com isso desde a puberdade e aprenderam a sobreviver. A gente também vai! Fizemos até um vídeo pra aprender a lidar com as frustrações. Aqui vale a velha e boa resiliência: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima! E acredite: com o passar do tempo, os "nãos" que a gente leva vão doendo cada vez menos.
É isso mulherada, ao invés de esperar que joguem o buquê pra gente, bora se jogar na vida. E se for pra ser princesa, que a gente seja Megan!
Se você quer saber como sobreviver à solteirice em tempos de likes para além dos dias de folia, segue a gente no youtube e no instagram. Toda semana a gente entrevista solteiros, especialistas e divide nossos aprendizados e teorias. Segunda e quarta estamos por aqui! Manda histórias, questões, dilemas que a gente transforma em pauta!…
Sobre os autores
Piranhas românticas, André e Carol são experts em solteirice e partidários do afeto mesmo nas relações casuais. Carol está solteira há 6 anos e já não troca a aula de hot yoga por um date mais ou menos. André está solto monogâmico mas já se esbaldou muito na vida de contatinhos. Publicitários e roteiristas, trabalham com comportamento e conteúdo há anos e decidiram se aprofundar no tema que é assunto da manicure à terapia: como se relacionar hoje em dia. Comunicadores, puxam assunto até com o poste e são formados como psicólogos de boteco. Há um ano eles conversam com todo tipo de solteiros e especialistas no soltos s.a. um canal de youtube, instagram e, agora blog, pra explorar as dores e delícias dessa vida solta. Ninguém entende de solteirice como eles: já foram convidados pra falar na Casa TPM, na GNT e no podcasts Mamilos e Sexoterapia (aqui em Universa).
Sobre o blog
Um espaço para trocar estratégias para sobreviver à solteirice e aos relacionamentos em tempos de likes. Quando vale ter uma DR e quando podemos deixar morrer no silêncio? O que significa esse emoji? Assistir stories significa? Experts em solteirice e ótimos psicólogos de boteco, André e Carol compartilham dilemas reais de solteiros e mapeiam possíveis caminhos para não perder a sanidade mental nessa era de contatinhos.